06/06/2007
São Paulo, 06 de junho de 2007 - As pessoas com problemas cardíacos que precisam usar marcapasso não vão mais precisar comprar esses aparelhos no exterior. O Brasil desenvolveu um chip para produção local desses dispositivos que já foi industrializado aqui, mas hoje precisa ser importado. Atualmente, somente o Uruguai fabrica esse aparelho na América Latina.
O chip criado para marcapasso nacional é o “MPB-1” resultado de uma parceria entre o Instituto Genius a Dixtal Biomédica e o InCor (Instituto do Coração). Mário Ferreira Filho, gerente de projetos corporativo do Genius, explica que o aparelho com a nova tecnologia foi testado com sucesso em animais e que agora será experimentado em seres humanos. Ele estima que o produto estará disponível comercialmente no máximo em dois anos.
O gerente do Genius considera o desenvolvimento do chip para marcapasso um passo importante para o Brasil, que já chegou a ocupar destaque com a fabricação local desse produto interrompida na década de 90 por falta de investimentos na indústria de microeletrônica.
Produto de alta tecnologia
Com o fim da produção nacional, o Brasil passou a importar marcapasso. Em 2005, somente o SUS (Serviço Único de Saúde) cerca de R$ 165 milhões com a compra no exterior de 18 mil aparelhos. A primeira fase do projeto de desenvolvimento do dispositivo no País custou cerca de R$ 2,5 milhões. Ainda não há uma definição precisa do preço final do produto, mas estima-se uma redução significativa em relação ao similar adquirido em outros mercados.
O marcapassou nacional não ficará devendo para os modelos importados diz Ferreira. Ele destaca entre as funcionalidades do chip a possibilidade de o paciente fazer eletrocardiograma em tempo real ao ficar próximo do equipamento do cardiologista.
No futuro, as versões mais sofisticadas do produto poderão transmitir alertas via celular para o médico do paciente, em caso de enfarte, para que ele seja socorrido rapidamente.
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