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Fibromialgia – Uma Doença Não Tão Imaginária

25/05/2007

O que causa a Fibromialgia?
- Como é feito o diagnóstico?
- Outras doenças podem ter sintomas semelhantes aos da fibromialgia?
- Tratamento

A fibromialgia é uma condição crônica caracterizada por dor muscular e articular generalizada, assim como pontos específicos de sensibilidade aumentada, principalmente no pescoço, coluna, quadris e ombros. Embora possa acometer todas as faixas etárias, a fibromialgia acomete mais indivíduos entre os 35 e 50 anos, tendo uma preferência notável por mulheres (cerca de 10 a 15 mulheres para cada homem).

É uma doença de distribuição universal, não havendo diferença quanto a raça, cor ou condição sócio-econômica. Os estudos de prevalência mostram que cerca de 3 a 5% das mulheres adultas e 0,5 a 0,8% dos homens sofrem dessa doença. No Brasil, estima-se que 5% das consultas em clinica médica e 30% das consultas em reumatologia, sejam devidas à fibromialgia.

Estima-se que a condição afete de 2% a 4% da população. É mais freqüente em mulheres entre 40 e 60 anos, e representa um desafio para ortopedistas, psiquiatras, clínicos gerais e outras especialidades médicas.

O Colégio Americano de Reumatologia definiu em 1990, critérios para a classificação da fibromialgia que inclui dor músculo-esquelética difusa e presença de onze pontos dolorosos (tender points), distribuídos em várias regiões do corpo. Normalmente, o paciente apresenta a doença por vários anos, antes de ter o diagnóstico estabelecido.

Manifestações não relacionadas à dor muscular são observadas na fibromialgia, algumas presentes em mais de 50% dos casos. Dessa forma, a fibromialgia pode estar associada à fadiga intensa (síndrome da Fadiga Crônica), à irritação intestinal (síndrome do cólon irritável), à dor de cabeça (cefaléia), a condições que causam o movimento involuntário das pernas durante o sono (síndrome das pernas inquietas) e à presença de irritabilidade da bexiga. Por vezes o paciente relata inchaço das mãos e dedos arroxeados em ambientes frios (fenômeno de Raynaud).

As reações comportamentais, dos pacientes que têm que lidar com os sintomas da fibromialgia, têm influência direta na evolução das manifestações. A sensação constante de não estar bem, a dor, a fadiga, os distúrbios do sono, a dificuldade de concentração e o estresse são difíceis de lidar. Labilidade emocional, distúrbios da memória, dificuldade de concentração e ansiedade também estão presentes e são queixas constantes. O paciente responde freqüentemente a essas sensações com atitudes negativas como raiva, perda da auto-estima, angústia, culpa e medo.

Outras manifestações como rigidez muscular e articular matinal, dormências sem motivo, boca seca, tonturas e taquicardias, podem ocorrer.

O que causa a Fibromialgia?

A fibromialgia não tem uma causa definida, sendo influenciada por alterações climáticas, estresse emocional, grau de atividade física, etc. Dentre as diversas possíveis causas de fibromialgia estão: distúrbios infecciosos (infecção pelo HIV, por exemplo), reumatológicos (lúpus), endocrinológicos (hipotireoidismo), neurológicos, neoplásicos (mieloma múltiplo) e mesmo psiquiátricos (distúrbios de ansiedade).

Como é feito o diagnóstico?

Por não haver qualquer tipo de exame laboratorial ou exame específico de confirmação, o diagnóstico da fibromialgia baseia-se na queixa de dor crônica difusa (acima, abaixo e em ambos lados da cintura) por pelo menos 3 meses, associada ao achado de no mínimo 11 dos 18 pontos dolorosos, definidos pelo Colégio Americano de Reumatologia. Um ponto é considerado doloroso quando o paciente sente dor aplicando-se uma força de aproximadamente 4Kg. Um dos pontos dolorosos é a região lateral das nádegas, na sua parte mais alta.

É importante frisar que o diagnóstico de fibromialgia não elimina a necessidade de investigar a presença de outras doenças, especialmente em pacientes mais idosos.

Outras doenças podem ter sintomas semelhantes aos da fibromialgia?

Devido ao grande número de sintomas que podem ser encontrados, deve ser feito diagnóstico diferencial com outras doenças como hepatite, hipotireoidismo, diabetes mellitus, distúrbio eletrolítico, esclerose múltipla e câncer. A presença concomitante de qualquer outra doença não exclui o diagnóstico de fibromialgia.

Tratamento

O tratamento da fibromialgia é multidisciplinar e continuado, enfatizando a participação ativa e conscientização do paciente, em conjunto com medicação, terapia e realização de exercícios físicos. Como a etiologia é desconhecida, os objetivos do tratamento são controle da dor e melhora da qualidade de vida do paciente.

Medicamentos como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (fluoxetina), usados isoladamente, não têm bons resultados, mas podem ser especialmente eficientes quando associados a outros medicamentos.

Num estudo recente, a associação de opióide com analgésico, num só comprimido, foi eficaz no tratamento da dor da fibromialgia e não apresentou efeitos colaterais significativos, sendo portanto uma alternativa para o tratamento dessa enfermidade. Testes com a toxina botulínica estão sendo feitos, na tentativa de controlar a dor crônica. No entanto, faltam evidências consistentes para firmar o seu uso na pratica diária.

O exercício físico parece ser o grande mantenedor do bem-estar do paciente, a longo prazo. Segundo os pesquisadores, a prescrição de prática de exercícios aeróbicos é uma forma simples, barata, eficiente e amplamente disponível para tratamento da fibromialgia, além dos outros benefícios potenciais como redução dos níveis pressóricos, redução do peso e melhora do perfil lipídico, dentre outros.
Exercícios aeróbicos de baixa intensidade como caminhadas e hidroginástica leve, melhoram muito os sintomas, o condicionamento físico e ajudam a socializar o paciente. No entanto, em pacientes com distúrbios do humor ou psiquiátricos, a introdução do exercício pode estar dificultada por essa patologia. Nesses casos se faz necessário o acompanhamento por um psicoterapeuta, o que tem ajudado no alívio dos sintomas, favorecendo a execução e o engajamento do indivíduo à prática de exercícios, que são extremamente eficazes no alívio dos sintomas da fibromialgia.

Para mais informações, consulte também o site: www.fibromialgia.com.br/novosite



 

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